Concluir os planos de acção (PAPERSU) até ao final de Novembro, é a tarefa que hoje têm nas mãos SGRU e municípios para alcançar as Metas de valorização e descarga em aterro. Não é fácil pois conforme números do RASARP, estamos longe das metas. A valorização do MM ronda os 25%, a dos biorresíduos não chega aos 10% e a descarga nos aterros continua acima dos 50%.
Os PAPERSU devem ter em conta a realidade de cada sistema e município, mas não devem descurar as experiências internacionais que deverão balizar as suas acções, por forma a evitar a repetição de erros e a encurtar o caminho para as metas.
A presente acção de formação incidirá sobre a recolha e valorização de biorresíduos e MM, analisando experiências nacionais e internacionais, identificando as suas vantagens e desvantagens para que cada cada Entidade Gestora possa seleccionar o modelo que melhor se adapte ao seu sistema.
Esta acção será realizada no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, promovida pela FUNDEC, e terá a coordenação do Prof. João de Quinhones Levy.
A recolha selectiva trará custos adicionais num sistema que ainda hoje está desequilibrado, com os custos a ultrapassar o montante das tarifas. Tarifários PAYT são o conselho internacional, donde o cálculo do custo e os modelos tarifários farão parte do programa desta acção.
Se a generalidade dos municípios tarda em implementar as medidas necessárias para a recolha selectiva dos biorresíduos e para a alteração dos tarifários para modelos PAYT, outros já iniciaram os passos necessários, pelo que a sua experiência certamente orientará o trabalho dos demais. Com este fim, convidaram-se os municípios da Maia e de Cascais, cada um com a sua metodologia. Sabendo que mais biorresíduos e menor contaminação traduzir-se-á num aumento significativo de composto e de biogás com impacte no tratamento, convidou-se a LIPOR a dar-nos conta dos êxitos e dos problemas.